Semana de Provas: Como Ajudar Seu Filho a Estudar com o VARK

Oi, gente querida! Eu sou a Maria Helena, psicopedagoga há 15 anos e mãe de três tesouros que enchem minha vida de alegria: a Laura, de 9 anos, que já enfrenta suas provinhas com um misto de coragem e dúvida; o Miguel, de 6, que tá começando a descobrir o mundo das letras; e a Sofia, 1 ano, que explora tudo com as mãozinhas curiosas.

Outro dia, a Laura chegou em casa segurando o calendário da semana de provas, com aquela carinha de quem não sabe por onde começar – “Mãe, como eu vou lembrar de tudo isso?”. Meu coração apertou, mas ao mesmo tempo sorri, porque já vi essa cena tantas vezes no consultório: pais e filhos tentando navegar aquele mar de lições, cadernos e datas, muitas vezes com mais ansiedade do que vontade.

Mas olha só: não precisa ser um bicho de sete cabeças! Depois de anos ajudando famílias e testando jeitos com meus próprios filhos, aprendi que cada criança tem um caminho especial pra aprender – e conhecer esse caminho faz toda a diferença. Hoje, quero te contar como o VARK, um modelo simples que divide os estilos de aprendizagem em Visual, Auditivo, Leitura/Escrita e Cinestésico, pode transformar a semana de provas num momento mais tranquilo e até gostoso pra vocês. Vamos descobrir juntos como fazer seu filho estudar de um jeito que combine com ele, com paciência e um toque de amor?

O Que É o VARK e Por Que Ele Ajuda na Semana de Provas?

O VARK é uma ideia que nasceu com Neil Fleming, um educador da Nova Zelândia que passou anos observando como alunos e professores se conectavam – ou às vezes se perdiam – nas aulas. Ele percebeu que nem todo mundo aprende igual: uns precisam ver pra entender, outros ouvem melhor, alguns escrevem tudo, e tem quem só fixe mexendo no que tá aprendendo. São quatro estilos: Visual (imagens), Auditivo (som), Leitura/Escrita (palavras escritas) e Cinestésico (toque e movimento). Leia o artigo completo sobre o VARK (link a seguir)

https://aprendizagemvirtual.com/como-meu-filho-aprende-descubra-os-metodos-de-aprendizagem/

Parece simples, né? Mas é poderoso, especialmente na semana de provas, quando o tempo aperta e a pressão sobe. Saber o estilo do seu filho é como ter um mapa pra guiar ele por esse labirinto de matérias – você não perde energia forçando um caminho que não funciona! No consultório, já vi pais surpresos ao perceber que o filho não “era preguiçoso”, só precisava de um jeito diferente de estudar. Aqui em casa, a Laura é minha prova viva disso: ela só lembra das lições de história quando eu faço um desenho com ela, enquanto o Miguel prefere cantar as coisas que aprende na escola. O VARK ajuda porque dá foco: em vez de jogar tudo na parede pra ver o que gruda, você vai direto no que acende a cabecinha dele. E, olha, com as provas batendo na porta, cada minutinho conta, né?

Visual: O Poder de Ver pra Aprender

Se seu filho é daqueles que vive com uma canetinha na mão, adora assistir vídeos ou fica encantado com qualquer coisa colorida, ele pode ser Visual – o tipo que guarda o mundo em imagens, como se o cérebro fosse uma câmera fotográfica. No consultório, eu vejo isso o tempo todo: crianças que não lembram de uma explicação falada, mas basta um desenho ou um gráfico pra tudo fazer sentido. Elas precisam “ver” pra acreditar – e pra aprender! Isso é ouro na semana de provas, quando as informações vêm em avalanche.

  • Método de Estudo: Experimente mapas mentais, linhas do tempo ou esquemas simples. Pegue uma folha grande, canetinhas de várias cores e peça pra ele desenhar o que tá estudando – pode ser os rios do Brasil em geografia, com linhas azuis serpenteando o papel, ou a tabuada desenhada como pilhas de bolinhas (2×3 vira 6 bolinhas!). Outra ideia é usar vídeos curtos no YouTube sobre o tema – tem cada animação boa por aí!
  • Exemplo em Casa: Pra prova de ciências da Laura, sentamos juntas e desenhamos uma planta bem bonitinha: raiz marrom, caule verde, folhas com veias amarelas. Eu explicava enquanto ela coloria, e no dia da prova ela me disse: “Mãe, eu vi o desenho na cabeça e escrevi tudo certinho!”. No consultório, já fiz isso com um menino de 10 anos que estudou os planetas desenhando o sistema solar – ele até colocou estrelinhas brilhantes em Júpiter! O Visual transforma o estudo numa arte, e a memória agradece.
Auditivo: Ouvidos Atentos pra Fixar

Seu filho é daqueles que fala pelos cotovelos, canta o dia inteiro ou pede pra você repetir a mesma história mil vezes? Então ele pode ser Auditivo – o som é a ponte dele pro aprendizado! Essas crianças adoram ouvir explicações, repetir em voz alta ou até inventar jeitos de “falar” o que tão estudando. No consultório, eu vejo isso brilhar: já tive um paciente de 8 anos que só lembrava da tabuada porque cantava “cinco vezes cinco, vinte e cinco” como se fosse um hit de rádio. Na semana de provas, o ouvido vira o melhor amigo delas.

  • Método de Estudo: Grave um áudio no celular com a lição – pode ser você lendo as regras de português ou ele mesmo explicando o que aprendeu em história. Se ele gostar, transforme o conteúdo numa musiquinha: “Dom Pedro gritou ‘Independência!’” com uma melodia boba já fixa a data na cabeça! Outra ideia é conversar sobre o tema, tipo um bate-papo animado enquanto vocês arrumam a mesa pro jantar.
  • Exemplo em Casa: O Miguel ainda não faz provas, mas pra aprender os planetas, eu criei uma musiquinha: “Mercúrio é o primeiro, Vênus vem depois, Terra é onde eu moro, Marte é vermelho e foi!”. Ele canta pela casa inteira e já sabe a ordem direitinho – até a Sofia tenta imitar! No consultório, uma menina de 9 anos gravou a mãe lendo as fórmulas de matemática e ouviu no fone antes da prova – ela disse que “ouviu a voz da mãe” na hora de resolver. O Auditivo usa o som como um gravador mágico, e funciona que é uma beleza!
Leitura/Escrita: Palavras que Ficam na Cabeça

Se seu filho é do tipo que ama ler livrinhos, fazer listas de tarefas ou encher o caderno de anotações, ele pode ser do estilo Leitura/Escrita – as palavras escritas são o forte dele! Essas crianças se sentem em casa com textos, resumos e qualquer coisa que possam rabiscar ou reler. No consultório, eu tenho uma paciente de 10 anos que estuda reescrevendo cada linha do livro – e ela jura que só assim “entra na cabeça”. Na semana de provas, esse estilo é um trunfo pra organizar o caos das matérias!

  • Método de Estudo: Peça pra ele fazer resumos curtos no caderno, com tópicos ou frases simples – tipo “Verbos: palavras de ação”. Outra ideia boa é criar cartões: de um lado uma pergunta (“Quem descobriu o Brasil?”), do outro a resposta (“Pedro Álvares Cabral”). Ler em voz alta enquanto escreve também ajuda, porque junta o olho e a mão no aprendizado. Se ele curtir, pode até fazer uma “cola permitida” com as ideias principais pra revisar antes da prova.
  • Exemplo em Casa: A Laura teve uma prova de português e passou uma tarde escrevendo as regras de acentuação em fichas coloridas – “Água tem acento por quê?”. Depois, ela leu cada uma pra mim, como se fosse a professora, e eu vi como ela ficou segura. No consultório, um menino de 11 anos fez uma lista das datas de história e leu antes de dormir – ele me contou que sonhou com os reis portugueses! O Leitura/Escrita é pra quem ama botar as palavras no papel e ver elas virarem conhecimento.
Cinestésico: Mexer pra Não Esquecer

Seu filho não para quieto, vive pegando nas coisas ou precisa se levantar toda hora enquanto estuda? Ele pode ser Cinestésico – o movimento e o toque são o segredo dele pra aprender! Essas crianças precisam sentir o que tão estudando, seja mexendo as mãos ou o corpo inteiro. No consultório, eu já vi um garoto de 9 anos que só lembrava da tabuada pulando no quintal – “três vezes três, nove!” a cada salto. Na semana de provas, deixar ele se mexer é o que salva!

  • Método de Estudo: Use objetos pra ajudar – bloquinhos pra contar em matemática ou massinha pra formar palavras em português. Outra ideia é deixar ele andar pela casa repetindo a lição em voz alta, como se fosse um apresentador. Brincadeiras tipo “pular sílabas” (pular pra cada sílaba de “ca-sa”) ou montar um “teatro da história” também são ótimas.
  • Exemplo em Casa: O Miguel aprendeu as cores em inglês com uma brincadeira: espalhei papéis coloridos pelo chão e gritava “Pule no red!”. Ele pulava, repetia “Red, blue, yellow!” e ria enquanto aprendia – mesmo sem prova, ficou na memória! No consultório, uma menina de 10 anos estudou os continentes fazendo um mapa com argila – ela moldava a África e dizia “Aqui é quente!”. O Cinestésico transforma o estudo num jogo, e o corpo ajuda a cabeça a guardar tudo.
Como Descobrir o Estilo do Seu Filho?

Não tem certeza de qual é o estilo dele? Não precisa ser complicado! Faça um teste simples em casa: pergunte “Se você fosse aprender a fazer um bolo, prefere ver um vídeo, ouvir alguém explicando, ler a receita ou mexer nos ingredientes?”. Ou só observe como ele brinca e estuda no dia a dia. A Laura, por exemplo, vive desenhando – é Visual na veia! O Miguel canta tudo que aprende – Auditivo puro. A Sofia, mesmo tão pequena, só entende pegando nas coisas – já é Cinestésica! No consultório, eu uso um questionário adaptado pras crianças, com perguntas tipo “O que você faz pra lembrar da lição?”, mas reparar nas escolhas dele já te dá uma pista boa. E olha só: muitas crianças são uma misturinha de estilos, então não precisa escolher só um – dá pra usar dois ou três jeitos juntos e ver o que brilha mais!

Dicas pra Semana de Provas Ficar Leve

A semana de provas pode ser menos assustadora com alguns truques simples que eu uso em casa e recomendo no consultório. Primeiro, planeje com antecedência: sente com seu filho uns dias antes e divida as matérias – segunda pra história, terça pra matemática, e assim vai. Use o estilo dele pra cada uma: a Laura faz mapas pra história (Visual) e repete matemática em voz alta (Auditivo). Segundo, faça pausas: as crianças não aguentam horas seguidas – 25 minutos de estudo e 5 de descanso é o que vejo funcionar melhor. Nesse intervalo, ele pode esticar as pernas, pegar um copo d’água ou comer uma frutinha – o cérebro volta mais esperto! Terceiro, celebre o esforço: depois da prova, um “Você foi incrível!” ou um docinho fazem ele se sentir valorizado. A Laura adora quando eu falo “Minha estudiosa arrasou hoje!” – é um empurrãozinho pro próximo dia. Por último, não cobre perfeição: no consultório, vejo que pais que focam no esforço, não só na nota, criam filhos mais confiantes pra estudar.

Por Que Isso Funciona?

Esse jeito de estudar com o VARK não é só palpite de mãe – tem base sólida! No consultório, eu vejo crianças que saem do “não sei nada” pro “eu consegui!” em poucos dias, só porque acharam o estilo certo. Um estudo da Universidade de Harvard (Harvard Educational Review, 2018) mostrou que adaptar o aprendizado ao jeito da pessoa aumenta a retenção em até 30% – é ciência provando o que eu vivo com meus filhos! Aqui em casa, a Laura passou de notas medianas pra ótimas em história e ciências quando começamos a usar mapas e fichas – o Visual e o Leitura/Escrita dela fizeram a mágica. No consultório, um menino de 9 anos que só estudava andando pela sala tirou seu primeiro 10 em matemática – o Cinestésico dele virou o jogo! É sobre respeitar o tempo e o jeito de cada um, e a semana de provas vira um momento de crescer, não de sofrer.

Um Convite pra Você

Que tal transformar a próxima semana de provas numa aventura leve? Pega um papel pra desenhar um mapa, grava um áudio com ele, faz cartões ou espalha bloquinhos pela sala – escolhe o que combina com seu filho e testa! Depois, volta aqui nos comentários e me conta como foi: ele gostou? Lembrou de mais coisas na prova? Vamos fazer esse momento virar algo especial pra vocês dois, com paciência, carinho e um jeitinho que é só dele. Topa?

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