O Primeiro Olhar sobre o Autismo: Como Leo Kanner Abriu as Portas em 1943

Oi, gente querida! Eu sou a Maria Helena, psicopedagoga há 15 anos e mãe de três luzinhas que aquecem meu coração: a Laura, de 9 anos, o Miguel, de 6, e a Sofia, minha quase 2 anos cheia de energia. Hoje, quero fazer algo especial: vamos voltar no tempo até 1943, quando um médico chamado Leo Kanner escreveu um artigo que mudou tudo o que sabemos sobre autismo. Como mãe e profissional, fico emocionada de ver como uma única pesquisa pode tocar tantas vidas. Então, pega um chazinho (ou um suquinho pros pequenos!) e vem comigo conhecer essa história que é o avô de todas as pesquisas sobre autismo!

O Começo de Uma Nova História

Imagine o mundo em 1943: a Segunda Guerra acontecendo, as famílias lutando pra se manter unidas, e a ciência ainda tateava no escuro sobre muitas coisas. Foi nesse cenário que Leo Kanner, um psiquiatra austríaco nos Estados Unidos, publicou o artigo “Autistic Disturbances of Affective Contact” na revista Nervous Child. Ele observou 11 crianças – 8 meninos e 3 meninas – que tinham um jeito especial de ver o mundo. Kanner chamou isso de “autismo infantil precoce” e descreveu como elas pareciam viver num cantinho só delas, com dificuldade pra se conectar com os outros.

No artigo, ele contou como essas crianças não buscavam colo, não sorriam de volta e muitas vezes se encantavam mais com objetos do que com pessoas. Ele viu que elas tinham habilidades incríveis, como uma memória afiada, mas ficavam inquietas com mudanças ou barulhos. Esse foi o primeiro passo pra entender o autismo como algo único, diferente de outras condições da época, como esquizofrenia. “O autismo é uma condição inata, presente desde os primeiros anos”, escreveu Kanner, e essa ideia abriu um caminho novo na ciência.

Por Que Esse Artigo É o Mais Citado?

Como psicopedagoga, eu fico impressionada com o impacto desse trabalho. Antes de 1943, o autismo era um mistério perdido em ideias erradas – alguns achavam que era culpa dos pais ou só um tipo de “loucura infantil”. Kanner mudou isso. Ele deu um nome, uma forma e um começo pra estudar o autismo. O artigo dele é o mais referenciado no mundo, com mais de 5.000 citações, porque foi o primeiro a dizer: “Isso é algo especial, e precisamos olhar com cuidado!” Ele é a raiz de tudo o que veio depois na história do autismo.

Aqui em casa, enquanto vejo o Miguel brincando com suas letrinhas e a Sofia explorando tudo com gritinhos, penso em como essas crianças que Kanner descreveu tinham seus próprios mundos brilhantes. O artigo dele não explica tudo – ele não sabia, por exemplo, que o autismo é um espectro –, mas foi como acender uma lanterna num quarto escuro.

O Que Kanner Descobriu?

Kanner escreveu sobre as crianças com um cuidado que parece poesia. Ele falou de Donald, que memorizava números enormes, mas não olhava nos olhos da mãe, e de Virginia, que repetia frases como um eco, mas não pedia ajuda. Ele destacou três coisas principais:

  • Isolamento afetivo: Elas não se conectavam emocionalmente como outras crianças.
  • Resistência a mudanças: Qualquer novidade, como mudar um brinquedo de lugar, era um desafio.
  • Habilidades únicas: Muitas tinham memórias ou talentos fora do comum.

Ele acreditava que isso era “inato”, algo que nascia com elas, e não resultado de pais “frios”, como alguns interpretaram depois. A pesquisadora Uta Frith, uma estrela no estudo do autismo, disse: “Kanner nos deu o primeiro mapa do autismo, um guia pra explorar esse território desconhecido.”

O Legado Que Vive Até Hoje

O artigo de Kanner não tinha todas as respostas – ele não imaginava o papel da genética ou o espectro que conhecemos hoje. Mas plantou uma semente que virou árvore grande. Depois dele, vieram estudos sobre o cérebro, os genes e formas de apoiar quem vive com autismo. Simon Baron-Cohen, outro nome grande na área, já disse: “Sem Kanner, estaríamos anos atrasados na compreensão do autismo como uma condição neurodesenvolvimental.” No consultório, vejo ecos do que ele descreveu: crianças com seus jeitos únicos, precisando de carinho pra brilhar.

Uma Ponte pro Futuro

Pensando na Sofia, que tá começando a falar, e no Miguel, que adora suas historinhas, eu vejo como o autismo é parte de um mundo que a ciência ainda tá desvendando. O artigo de Kanner é como uma foto antiga da família: não mostra tudo, mas conta de onde viemos. No meu trabalho, acompanho tantas crianças e famílias, e sinto que esse estudo de 1943 é um abraço do passado, dizendo: “Vocês não estão sozinhos.”

Pra quem quer ler mais, indico o livro “Neurotribes”, do Steve Silberman, que conta a história do autismo desde Kanner até hoje – é uma leitura que aquece o coração! E, olha, tô pensando num próximo artigo sobre os métodos de alfabetização, porque amo brincar com letras e sons com o Miguel. Mas o que acham de explorar mais o autismo depois, tipo os jeitos diferentes de aprender e ensinar? Me contem!

Onde Encontrar o Artigo?

O artigo original, “Autistic Disturbances of Affective Contact”, tá na revista Nervous Child, volume 2, páginas 217-250, de 1943. Não posso anexar o PDF aqui, mas você pode achar ele em bibliotecas universitárias ou plataformas como ResearchGate – às vezes, tem cópias gratuitas por aí! A referência completa é: Kanner, L. (1943). Autistic disturbances of affective contact. Nervous Child, 2, 217-250.

Uma Dica Brasileira: “Autismo: Entenda o Meu Coração”

E, já que estamos falando de autismo, quero deixar uma dica especial pra vocês do Brasil: o livro “Autismo: Entenda o Meu Coração”, da Ilana Gerschlowitz. É uma obra linda, escrita por uma mãe brasileira que conta como enfrentou o autismo dos filhos com amor e estratégias práticas, como ABA e cuidados com a alimentação. Você encontra ele na Amazon Brasil (basta procurar por “Autismo: Entenda o Meu Coração”), e é perfeito pra quem quer entender o autismo com um olhar bem nosso, cheio de coração e esperança. Que tal dar uma chance pra essa leitura?

Um Começo Cheio de Esperança

O trabalho de Kanner não resolveu o autismo, mas acendeu uma luz que ainda brilha. Como mãe e psicopedagoga, vejo ele como o primeiro passo de uma longa caminhada.

Se você tá curiosa sobre a pesquisa sobre autismo ou quer entender mais essa história, saiba que tudo começou com um médico que olhou pras crianças com carinho e disse: “Vocês são especiais.”

E se precisar de um papo ou mais ideias, é só me chamar – aqui em casa, a gente vive entre aprendizado, risadas e um montão de amor!

Beijois no coração e até a próxima!

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